Algumas palavras a Denis Bernardes, por nossa grande amizade, iniciada desde 1969.
Emilia Maria Mendonça de Morais
Emilia Maria Mendonça de Morais
Recife, 02 de setembro de 2012
Todos nós sabemos por que estamos aqui hoje; todos nós recebemos e desfrutamos a dádiva da presença, da atenção e da amizade de Denis. Ele foi sobretudo um amante da justiça e, muito particularmente, da beleza, cuja fome podemos saciar sem contra-indicações ou efeitos colaterais. Guardemos sobretudo isso dele porque vivemos em um tempo que nem mais reconhece esses valores como vitais. Corremos o risco de nos contentarmos com muito menos; menos que a justiça, muito menos que a beleza.
Denis foi também um amante da alegria! Por tudo isso, relembro algumas das palavras que encerraram o discurso de Guimarães Rosa quando tomou posse na Academia Brasileira de Letras: "A gente morre é para provar que viveu". E como Dênis viveu!
Disse ainda Guimarães Rosa:
"Sobe a luz sobre o justo e dá-se ao teso coração alegria!" (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas"
Logo em seguida, concluiu: O mundo é mágico.
Vamos dar, aqui e agora, movidos pela saudade e pela esperança, um crédito de confiança ao poeta: se nós ainda estamos vivendo neste mundo, é só porque nós mesmos ainda não nos tornamos encantados; mas, se este mundo é mesmo mágico, então, nós todos estamos vivendo sob muitos sortilégios e encantamentos.
Por isso eu pediria: apesar de toda a nossa tristeza por sua ausência, que nós nos nutríssemos, a partir deste instante, do doce encantamento que foi desfrutar da amizade de Denis.
Todos nós sabemos por que estamos aqui hoje; todos nós recebemos e desfrutamos a dádiva da presença, da atenção e da amizade de Denis. Ele foi sobretudo um amante da justiça e, muito particularmente, da beleza, cuja fome podemos saciar sem contra-indicações ou efeitos colaterais. Guardemos sobretudo isso dele porque vivemos em um tempo que nem mais reconhece esses valores como vitais. Corremos o risco de nos contentarmos com muito menos; menos que a justiça, muito menos que a beleza.
Denis foi também um amante da alegria! Por tudo isso, relembro algumas das palavras que encerraram o discurso de Guimarães Rosa quando tomou posse na Academia Brasileira de Letras: "A gente morre é para provar que viveu". E como Dênis viveu!
Disse ainda Guimarães Rosa:
"Sobe a luz sobre o justo e dá-se ao teso coração alegria!" (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas"
Logo em seguida, concluiu: O mundo é mágico.
Vamos dar, aqui e agora, movidos pela saudade e pela esperança, um crédito de confiança ao poeta: se nós ainda estamos vivendo neste mundo, é só porque nós mesmos ainda não nos tornamos encantados; mas, se este mundo é mesmo mágico, então, nós todos estamos vivendo sob muitos sortilégios e encantamentos.
Por isso eu pediria: apesar de toda a nossa tristeza por sua ausência, que nós nos nutríssemos, a partir deste instante, do doce encantamento que foi desfrutar da amizade de Denis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário