Fred04 e a vitória no Red Bull Batida Vertical
Por Otávio Luiz Machado*
Ontem (24-nov.12) estive no Red
Bull Batida Vertical, que foi um importante encontro entre músicos de quatro
locais e tendências diferenciadas: o hip-hop de São Paulo, o funk do Rio de
Janeiro, o Manguebeat de Recife e o som eletrônico de Belém do Pará.
O que mais chamou a atenção
ao entrar no recinto, que por sinal é público, foi deparar com uma placa
intitulada LUZES, CÂMERA, AÇÃO!, que segue um padrão de eventos abertos e
grandes onde as pessoas poderão estar sendo filmadas e sua imagem ser
utilizadas pelos organizadores do evento para divulgar o mesmo. Até aí nada
demais, a não ser a mensagem que trazia “É possível que seu rosto/voz acabem
indo parar na mídia (especialmente se você tiver boa aparência)”, o que
constrangeu a maioria daqueles que chegaram a ler tal trecho, pois não constrói
nada em relação à igualdade entre as pessoas e o respeito que é preciso ter em
relação a qual biótipo de toda pessoa humana, o que ocasiona discriminação.
No decorrer do evento
podemos dizer que a qualidade, a pluralidade de sons e ritmos, o público
satisfeito com o formato musical deram o tom da noite, pois os artistas convidados são efetivamente
de alto nível.
Para o público local, a
esmagadora maioria, a presença de Fred04 chamou a atenção, pois ele é o líder
da banda Mundo Livre S.A. e um dos construtores do movimento que ficou
conhecido como Manguebeat.
Para quem quer saber mais
Fred04
tocou mais composições do Mundo Livre S.A., abrindo num momento apenas uma
oportunidade para tocar uma canção que estava mais voltada para Chico Science.
A grande
vitória de Fred04 no festival é o reconhecimento do seu trabalho, do seu
movimento, da sua energia. O importante de reconhecer isso, também é evidenciar
que os demais participantes brilharam e também mereciam ser premiados, o que
infelizmente em tais “batalhas” só um leva, o que é uma pena.
Um
diálogo do Manguebeat com os demais ritmos mostra a universalidade e atualidade desse som que
consegue transmitir ainda hoje toda uma sonoridade que não é repetitiva e
tampouco se tornou moda, como muitos apregoavam quando o Manguebeat veio como
um movimento.
Vale a pena assistir os vídeos do Festival, que seguem
abaixo.
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
PARTE 6
PARTE 7
PARTE 8
PARTE 9
PARTE 10
PARTE 11
PARTE 12
PARTE 13
PARTE 14
PARTE 15
PARTE 16
PARTE 17
PARTE 18
PARTE 19
PARTE 20
PARTE 21
PARTE 22
PARTE 23
PARTE 24
PARTE 25: ACESSÓRIA
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