O significado
restaurativo na TV Universitária da UFPE com a posse de Luiz Lourenço
Por Otávio Luiz
Machado*
O que mais se ouviu falar na cerimônia
de posse de Luiz Lourenço da TV Universitária (TVU) da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) no dia 23-11-12 foi a nova fase que aquele órgão estaria
passando, pois finalmente a luta de todos que fazem aquele órgão diretamente e
diariamente teriam enfim conseguido ser ouvidos pela reitoria e encaminhado
questões que fariam a diferença agora no presente com reflexos futuros.
É importante nessa hora salientar que a
luta do SINTUFEPE-UFPE, da ADUFEPE e de estudantes e dos que fazem a TVU não
foi em vão. É mais uma conquista dos movimentos articulados e organizados
batalhando por algo nobre.
Um dado significativo é que alguém da
confiança dos que estão lutando pela TVU assume a sua direção, que um orçamento
a ser gerido pela própria direção está garantido e que agora o importante órgão
de comunicação vai ser mais valorizado.
A insatisfação dos que fazem a UFPE
ficou explicitado nas eleições para Reitor em 2011 e durante a greve das
federais em 2012, quando pela primeira vez o sinal da TVU também entrou de cara
no movimento e por vários dias o que se assistia nesse canal era uma imagem
congelada com a logomarca da TV com a mensagem ESTAMOS EM GREVE.
É lógico que esse ato de bravura e de
desprendimento dos que fazem a TVU mostrava a resistência para o avanço do
sucateamento que era vivido por lá. Para sair do impasse, a voz dos que fazem a
TVU ecoou mais alto e permitiu chegar no atual estágio, onde se dá para
vislumbrar dias melhores.
A TVU passou por um bom tempo
desacreditada, inclusive alguns com pouca visão pública viam como saída para o orçamento enxugado da TV a venda de espaço
da programação para igrejas evangélicas que estão aí como loucas para vender
seus produtos nada religiosos.
Até num evento da EBC meses atrás na
Assembléia Legislativa pôde se ouvir do próprio secretário de Ciência e
Tecnologia do Estado de Pernambuco que era preciso olhar com mais carinho a
TVU.
O
Secretário Marcelino Granja foi muito ousado ao colocar o dedo na ferida no que
se refere às Tvs públicas em Pernambuco chamando-as de “frágeis”, mas
rapidamente convocou a TV da UFPE à responsabilidade através do estabelecimento
de parcerias efetivas com o Governo de Pernambuco, considerando que só assim
seria possível fortalecer o sistema público de TV no Estado.
O bom senso dos gestores da SECIG da
UFPE – em especial – em não varrer o
problema que estava evidenciado para baixo do tapete ajudou bastante para
melhorar o ambiente de diálogo entre os mais diversos setores da UFPE com a própria TVU, numa pauta interna que foi
refletida item por item até se chegar aos resultados que todos queriam ver
colocados em prática.
A fala de Paulo Cunha apresenta o
período de transição difícil que todos enfrentaram, mas comemora com todos o resultado
final de uma etapa:
O novo diretor da TVU, Luiz Lourenço,
que por quase trinta anos se dedica àquele órgão, falou da etapa seguinte que
inaugura o começo de outra etapa:
Por
fim, o Reitor Anísio Brasileiro tratou de suas expectativas para os próximos
anos, considerando que todo o planejamento estratégico vai entrar numa etapa de
efetividades:
Como telespectador da TVU, colaborador
esporádico e defensor da TV Pública, além de perceber que o discurso afinado
entre os mais diversos setores da UFPE é o que a sociedade ansiosamente aguarda
para o período que se inicia, também não posso deixar de parabenizar mais uma
vez os que fazem a TVU da UFPE por mais essa grande vitória. Que tantas outras
venham por aí abraçados com o interesse público e a melhoria cada vez maior da
TV pública, que significa a formação de cidadãos mais empenhados, de uma
educação mais transformadora e de uma sociedade mais desenvolvida social e
culturalmente.
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