segunda-feira, 26 de novembro de 2012

OPINIÃO: Participando do lançamento do livro “Onde Está Meu filho?” (Por Otávio Luiz Machado)


Participando do lançamento do livro “Onde Está Meu filho?”
Por Otávio Luiz Machado*

         O lançamento do Livro “Onde Está Meu filho?” foi muito emocionante, porque pudemos encontrar diversos lutadores sociais que iniciaram sua luta no período da ditadura civil-militar de 1964 e a mantiveram até os dias de hoje acompanhando os desafios da contemporaneidade.
         Além de poder estar ali tendo uma aula de história do Brasil, os presentes puderam acompanhar um pouco dos acontecimentos passados conversando com vários daqueles personagens que tiveram o compromisso com a resistência à ditadura e contribuíram para a redemocratização do Brasil.
         Também pudemos falar com pessoas que estão próximas de assumir responsabilidades importantes na cidade de Recife, como é o caso do prefeito eleito Geraldo Júlio, que deu seu depoimento sobre a luta de toda a família Santa Cruz para conseguir encontrar um dos seus que até hoje encontra-se desaparecidos e sem notícia alguma do que se passou, como é o caso de Fernando Santa Cruz, o grande homenageado do livro. Dona Elzita, a matriarca da família, também é outra homenageada, porque a procura por notícias do seu filho querido ainda está sendo uma das suas lutas.
 A fala de Geraldo está aqui:



         O advogado e vereador de Olinda Marcelo Santa Cruz foi quem conduziu os trabalhos da noite, pois além de irmão e um dos lutadores pelos direitos humanos em Pernambuco e no Brasil, também teve sua militância política iniciada no período da ditadura civil-militar de 1964, como seu irmão e tantos outros.



         O Secretário-Executivo da Comissão da Verdade de Pernambuco também falou no evento de lançamento do livro, pois à época do desaparecimento de Fernando Santa Cruz ele foi o primeiro deputado federal a noticiar publicamente essa triste situação vivida pelos familiares, que tinha em Dona Elzita Santa Cruz a força para denunciar, exigir e lutar para que explicações convincentes sobre o desaparecimento de seu filho viessem a surgir. Aqui a fala de Fernando Coelho:




         Representando o governador Eduardo Campos, o Secretário Tadeu Alencar falou da participação do governo de Pernambuco para o resgate histórico da luta de Dona Elzita e tantos outros familiares que tiveram  parentes desaparecidos ou mortos pelo aparelho repressor da ditadura que até hoje não conseguem saber em que circunstâncias tudo aquilo aconteceu.



Em nome dos demais organizadores, Chico de Assis falou da emoção em representar os demais organizadores, principalmente da luta atual fundamental para a democracia brasileira, que é o direito à memória, à verdade e à justiça:





         O livro é leitura obrigatória para todos aqueles que acreditam no Brasil e não cansam de contribuir para o aperfeiçoamento da democracia. Também é uma leitura para os que também querem participar e interferir nos rumos da sociedade, pois o livro dá inspiração necessária para isso. Boa leitura!

*É educador, pesquisador, escritor e documentarista. E-mail: otaviomachado3@yahoo.com.br

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